"Helenas" do autor Manoel Carlos

FANTÁSTICO: as HELENAS de Manoel Carlos (13/09/09)

Helena

Uma característica marcante de suas tramas, pelo menos desde Baila Comigo é o batismo de suas personagens principais com o nome de Helena. Segundo o autor, esta preferência pelo nome não deve-se a nenhuma Helena em especial; é apenas um nome que lhe passa a imagem de mulher forte, decidida, como a Helena de Tróia. Somente em Sol de verão e Novo amor o autor não incluiu uma Helena em sua história.

Questionado sobre uma Helena especial em sua carreira, Maneco diz que gostou de todas: "Só a Regina Duarte fez três. Eu também gostei muito da Helena vivida pela minha queridíssima amiga, já morta, a Lília Lemmertz, em “Baila Comigo”. Também me lembro muito bem da Vera Fischer, em “Laços de Família”, e da Maitê Proença, em 1991, em “Felicidade”, além da minha querida Christiane Torloni, de “Mulheres Apaixonadas”. Eu tenho Helenas muito boas. Dá para gostar de todas."

Outros nomes constantes em seus trabalhos são Marta, Gracinha e Dr. Moretti.

Aproveitando o assunto, vamos relembrar as Helenas que já passaram pela telinha: Maitê Proença, em Felicidade (1991): A novela, que foi ao ar às 18h, trazia uma Helena batalhadora, que criava sozinha a filha de 7 anos, Bia (Tatyane Goulart). No passado, Helena teve um romance com Álvaro (Tony Ramos), de quem engravidou, mas os dois se desencontraram e o rapaz acabou se casando com a possessiva Débora (Vivianne Pasmanter). Após muito sofrer e ser perseguida pela vilã Débora, a mocinha da história conseguiu ser feliz ao lado da filha e do homem que amava.

Regina Duarte, em História de Amor (1995): A primeira de três Helenas vividas por Regina Duarte era uma mãe sofredora (como a maioria das personagens criadas por Manoel Carlos). A gravidez precoce da filha Joyce (Carla Marins), problemas financeiros e o relacionamento conturbado com Carlos (José Mayer) faziam a pobre Helena sofrer durante toda a história, mas no final tudo acabou bem para a personagem.

Regina Duarte, em Por Amor (1997): A mais densa e sofredora das Helenas, uma mãe capaz de tudo pela felicidade da filha, Eduarda (Gabriela Duarte). Regina Duarte contracenou com a filha Gabriela, o que deixava as cenas entre as duas ainda mais realistas. Helena e a filha engravidaram e tiveram seus bebês ao mesmo tempo, mas o bebê de Eduarda nasceu morto e a moça não poderia mais engravidar. Surgiu então o ato de amor mais polêmico da telinha: Helena trocou seu filho pelo de Eduarda. A mentira causou a separação entre Helena e o marido Atílio (Antonio Fagundes), mas o desfecho da história foi feliz e emocionante.

Vera Fischer, em Laços de Família (2000): A Helena que mais fez os homens suspirarem, e foi bastante disputada pelos personagens masculinos da novela. A loura enfrentou o preconceito ao se envolver com um homem bem mais jovem (Reynaldo Gianecchini, estreando em novelas). Porém, a jovem Camila (Carolina Dieckmann) acabou se apaixonando pelo namorado da mãe. Em um ato de total desprendimento e amor materno, Helena abriu mão de Edu, e deixou o caminho livre para que ele ficasse com Camila. Mais tarde, outro ato heróico que só uma mãe poderia realizar: para tentar salvar a vida da filha, que tinha leucemia, Helena engravidou do pai de Camila (Carolina Dieckmann), seu primo Pedro (José Mayer), para que o bebê pudesse doar a medula para a garota. Após muito sofrimento, Helena encontrou o amor ao lado de Miguel (Tony Ramos).

Helena Ranaldi, em Presença de Anita (2001): Na minissérie escrita por Manoel Carlos, Helena Ranaldi viveu Lúcia Helena. A personagem, apesar de ser uma mãe exemplar e esposa amorosa, acabou descobrindo que seu marido Nando (José Mayer) mantinha um romance com a jovem Anita (Mel Lisboa). A história teve um fim trágico, e Lúcia Helena não teve o mesmo final feliz das outras Helenas.

Christiane Torloni, em Mulheres Apaixonadas (2003): Como o nome da novela dizia, a história girava em torno da paixão, e não somente do amor exacerbado e do carinho maternal. Helena não teve filhos biológicos, mas criava o pequeno Lucas (Victor Hugo) com muito carinho. Entretanto, ela não pensou duas vezes antes de abandonar o marido Téo (Tony Ramos) em nome da paixão que nutria pelo médico César (José Mayer). Ao contrário das outras Helenas, esta colocou a paixão acima de qualquer relação familiar.

Regina Duarte, em Páginas da Vida (2007): Regina Duarte já virou sinônimo de Helena, já que a atriz viveu personagens com esse nome em três novelas de Manoel Carlos. Em Páginas da Vida, Helena era uma médica auto-suficiente e íntegra, que não desanimou ao descobrir a traição do marido Greg (José Mayer), e lutou contra o preconceito da sociedade ao adotar uma criança com Síndrome de Down, a pequena Clarinha (Joana Mocarzel). No amor, Helena encontrou a felicidade ao lado do médico Diogo (Marcos Paulo).